terça-feira, 15 de março de 2011

A Dor da Peste

A solidão doe a ponto de ultrapassar a doença
Há muito que meus únicos amigos são aves que me acompanham para a morte
E quando esse dia chegar e finalmente me mostrar o fim do túnel
Será meu dia de sorte

Maldita dor que sinto no coração
Tanto pela doença, pela caminhada
Mas principalmente pela solidão
Dor imensa e eterna.

A dor maior não é física ou mental
Devo dizer que não há dor como a solidão
Não nada igual
Àquele sentimento que fere o coração

Minha insanidade chega à beira da minha condição corporal
O mundo chega perto de um poço sem fundo
Cada dia rezo mais alto para quem algum deus me traga o final
Quem será o primeiro jogado desse poço? O pobre moribundo

Caio respiro e levanto
Cada vez mais fraco no entanto
Pena fraqueza não ser limite ao descanso eterno
Maravilha seria o chão de caixão e os trapos de terno

Cai e não consigo voltar ao caminho
O glorioso dia chegou
Alarme falso
Levanto e sigo sozinho

Fim

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